18 de jul. de 2011

vila

Da janela de casa vi tudo o que aconteceu na minha vila.
Era meio dia, havia muitas pessoas na rua, muitas eram crianças que saiam da escolinha, outras eram mulheres e homens de família, que voltavam de seu trabalho duro com o propósito de garantir o alimento na mesa de cada casa.
De lá,  vi um carro preto e luxuoso passar pela rua principal e de repente homens com mascaras pretas saem do carro, alguns vão pra lá, e outros pra cá.
Era muito tiro, pra todo lado, derrubando crianças, adultos e velhos...
Gente correndo, gritando, pedindo socorro e entrando em suas casas.
Mais gritos, mais tiros e mais sangue.
O carro e seus homens foram embora, então o silencio tomou conta do bairro.
De leve, dava pra escutar o barulho das sirenes bem longe. Casas em chamas, padarias e mercados destruídos, muitas pessoas mortas, caídas sobre o chão que quase nem se via mais.
Poucos se salvaram, e os mesmos choravam de dor.
A pobre vila nunca mais foi a mesma e sempre há um silencio do medo que atormenta cada morador de lá.

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