18 de jun. de 2010

o homem


Era dia 27 de abril, estava morrendo de fome, caminhando a lua cheia. 
Do nada surgiu uma voz rouca e masculina:
- hey, você esta com fome?
- estou! (respondi olhando pro nada)
A sombra de um homem aparece de trás de uma arvore. O homem veio se aproximando devagarzinho, devagarzinho...
Eu: Nunca poderia imaginar você aqui!
Homem: Pois é, acho que escutei um estomago roncar (risadas).
Tenho uma pizza de frango aqui, você quer?
Eu: Você lê pensamentos?
Homem: só quando necessário! (sorriso)
De dentro de uma mochila preta o homem tira uma pizza, uma garrafa de vinho e alguns peixes coloridos. Sentamos em um gramado em frente ao asfalto e devoramos tudo aquilo.
Depois de conversarmos muito, o homem começa a tirar a roupa, nu na minha frente o homem estava em poucos segundos. Dentes grandes surgem da boca, garras afiadas saem dos seus dedos, e o corpo se cobre de pelos. Uma coisa estranha. Sem sentido. E veloz.
Mal deu tempo de pensar em correr ele já estava me atacando. Não sei bem o que ele queria, mas eu sabia que não deveria ficar ali pra ver. Tentei me soltar, mas ele era forte. Um caçador surge com uma arma e atira. A perna do “homem” que me atacava estava sangrando. Neste momento eu não sei pra onde eu fui, mas corri, corri o máximo que pude.
Passando por cachoeiras, por matos, por trilhas, por cada lugar estranho que nem sei falar! Mas o “homem” continuava atrás de mim, correndo feito louco só com uma perna.
Eu estava morta, eu sabia disso.
Senti algo puxando minha perna. Cai de costas no chão. Os dentes do “homem” eu vi arrancar meu braço.
Acordei, liguei a luz e estava no meu quarto, tudo normal, menos o fato de estar suando, com câimbra na perna e gritando de dor.

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